Imagem do Google mostra o adensamento do centro de Cabo Frio, com apenas uma área livre para implantação de um parque urbano
A criação de um parque urbano na cidade de Cabo Frio na única área livre disponível para isso, ideia defendida em matéria da Revista Cidade publicada no dia 20 de Setembro, ganhou indicação para ser transformada em Lei.
A proposição foi feita pelo Vereador Rafael Peçanha, que apresentou a proposta na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Cabo Frio, no dia 26 de Setembro último.
“Esta sugestão não é uma indicação política, e sim uma ideia que vem da sociedade civil, de pessoas comuns, sendo nossa obrigação como representante do povo dar acolhida a ela e a outras boas ideias que poderão surgir”, disse o vereador em seu discurso.
Em rápida apresentação, a diretora da Revista Cidade, Niete Martinez, defendeu a ideia, ressaltando as diferenças entre o parque que se propõe e os parques já existentes.
“Os parques que temos são parques de desocupação. As áreas são desocupadas e o acesso a elas passa a ser restrito. O parque urbano é muito diferente, pois se trata de um parque de ocupação. O esforço para a criação e manutenção do Parque Estadual Costa do Sol (PECS) é louvável em todos os sentidos, mas o PECS é um parque do Estado. O parque urbano é das pessoas, do cidadão urbano comum, que faz uso dele diariamente”, defendeu.
Secretário de Meio Ambiente se posiciona contra
“Aquela área é propriedade particular, teria que ser desapropriada e o município não teria como arcar com esse altíssimo custo. Além disso hoje é uma área alagada, de antiga salinas, para ser transformado em Parque Municipal Urbano, teria que ser toda aterrada e urbanizada com paisagismo, o que elevaria em muito os custos, principalmente nesse momento de recessão em que vivemos em nosso município”, declarou o secretario de Meio Ambiente de Cabo Frio, Mario Flavio Moreira.
A proposição segue, agora, para análise do prefeito Adriano Moreno que, caso aprove, poderá enviar à Câmara um Projeto de Lei transformando a área em parque e criando as diretrizes para sua desapropriação.
A partir disso, o caminho para a concretização passa pela busca parcerias sólidas com grandes empresas com a apresentação de um projeto bem fundamentado com o objetivo de viabilizar sua implantação e sustento até que o próprio parque possa ter sua sustentabilidade.